Stakeholders: o que são?

Freeman (1984) definiu o termo stakeholder como “qualquer grupo ou indivíduo que afeta ou é afetado pelo alcance dos objetivos da empresa”.  A teoria é que, para ter êxito, qualquer empresa precisa criar algum tipo de valor (seja ele financeiro ou não), para uma série de interessados: clientes, fornecedores, funcionários, comunidades e investidores são alguns […]

Escrito porCíntia Takada

Em 26 de setembro de 2022
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Freeman (1984) definiu o termo stakeholder como “qualquer grupo ou indivíduo que afeta ou é afetado pelo alcance dos objetivos da empresa”. 

A teoria é que, para ter êxito, qualquer empresa precisa criar algum tipo de valor (seja ele financeiro ou não), para uma série de interessados: clientes, fornecedores, funcionários, comunidades e investidores são alguns exemplos. Esses, no caso, são os principais stakeholders de uma organização.

O conceito chegou para modificar a visão clássica de que a empresa existe apenas para gerar lucro para os acionistas.

A partir da criação dessa teoria, as empresas passaram a se preocupar também com quem é impactado, mesmo que indiretamente, pelas suas ações.

Segundo a teoria de Freeman, adotar políticas e ações que possam atender aos interesses dos stakeholders é fundamental para alcançar os objetivos e metas da empresa. Melhor ainda se forem identificados logo no início. Afinal, contar com esse tipo de informação pode funcionar como uma base para uma tomada de decisões mais eficientes.

Alguns autores (Lyra; Gomes; Jacovine, 2009; Savage et al., 1991; Charron, 2007) destacam a necessidade de um bom relacionamento da empresa com seus stakeholders para a longevidade da mesma. As partes interessadas em diversos níveis colaboram para a efetiva organização, desempenho e controle das entidades organizacionais, suprindo recursos, gerando demandas e avaliando suas ações, trazendo mais ciência do contexto de inter-relacionamento com a localidade, fundamental para fazer das empresas atualmente.

Visto a evolução do entendimento e tratamento das questões ambientais por parte das organizações, o conceito está evoluindo, e atualmente se entende que o meio ambiente é um stakeholders muito importante, e que as empresas devem considerá-lo em suas análises. Especialmente quando a ideia de conservação da vida humana na terra tem sido tão presente diante do cenário de mudanças climáticas.

Um exemplo disso foi o  Brazil Climate Summit, que aconteceu nos dias 15 e 16 de setembro em Nova York com a  presença de empresários, investidores, empreendedores, formadores de opinião, representantes da sociedade civil e de instituições, entre outros, com o intuito de conhecer o que já existe e levantar novas possibilidades que possam contribuir para o país se estabelecer como um protagonista da agenda da transição verde no palco mundial.

Entre as discussões centrais do evento estavam como e por que o Brasil pode ser um grande ator de soluções em desenvolvimento sustentável, como diferentes setores estão agindo para alavancar ideias que podem ser oportunidades globais, a importância da atuação de líderes empresariais, investidores e formadores de opinião no fomento dessas iniciativas e os aspectos alavancadores e detratores no caminho do país.